A montanha possui obstáculos que necessitam ser
superados para alcançarmos nossos objetivos e para que isso ocorra, uma
avaliação detalhada desse percurso é imprescindível para a chegada ao topo.
Os alpinistas necessitam de equipamentos
apropriados, pois quanto mais alta a montanha, maiores os cuidados e mais
detalhados os preparativos. No início da escalada, parece ser fácil. Por
outro lado, quanto mais subimos, mais difícil vai se tornando o caminho. A
cada etapa vencida, mais forças se precisa para prosseguir para atingir o topo.
À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso. As paisagens se desdobram à vista,
mostrando-nos o verde intenso das árvores, as rochas pontiagudas desafiando o
céu. Lá embaixo, as casas dos homens tão pequenas...e é dali, do alto, que
percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram superados são do tamanho
daquelas casinhas.
Pode acontecer que um pequeno descuido nos faça
perder o equilíbrio e rolamos montanha abaixo. Batemos com violência em algum
arbusto e podemos ficar presos na frincha de uma pedra. É aí que
precisamos de um amigo para nos auxiliar. Podemos estar machucados, feridos ao
ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem e nos cura dos
ferimentos. Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada.
Os pés e as mãos vão se firmando, a corda nos prende ao amigo que nos puxa para
a subida.
Na longa jornada, os espaços acima vão sendo
conquistados dia a dia. Por vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos
dificuldade para respirar. O que nos salva é o equipamento certo para este
momento. Depois vêm as tempestades de neve, os ventos gélidos que são os
problemas e as dificuldades que ainda não superamos. Se escorregamos numa
ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades para parar e voltar
de novo. Se caímos num buraco de falsidade de alguém que estava coberto de
neve, sabemos a técnica para nos levantar sem torcer o pé e sem machucar quem
esteja por perto.
Para a escalada da montanha da vida, é preciso
aprender a subir e descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.
Adaptação do texto de Valdemar Nicliewicz
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