sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A realidade assusta o futuro


Segundo dados atualizados do CNJ, o Brasil possui, atualmente, mais de 700 mil presos e 600 mil mandados de prisão em aberto, ocupando a 3ª posição do mundo em número de pessoas privadas de liberdade.
Desconsiderando os mandados de prisão em aberto, se o governo federal resolvesse concentrar a população carcerária do país em uma só uma unidade da federação, o estado do Amapá seria ideal por conter 797.722 habitantes.
O Fórum de Segurança Pública apontou um crescimento de 575,2%, entre 1990 aos dias atuais, e estimou que em 2030 teremos uma população carcerária de 1,9 milhões de presos, superando o estado de Rondônia que possui 1.805.788 habitantes.
Nesse raciocínio, o estado do Amapá não seria mais suficiente para acomodar os presos do Brasil. Teríamos que mudar esses presos para o estado de Sergipe que conta com 2. 288.116 habitantes. (lembrando que a cidade de São Luís possui 1.091.868 habitantes - IBGE /2017)           
Nesse contexto, os Estados Unidos reduziram o número de pessoas presas em 8%; a China houve uma redução de 9%; e Russia 24%. Enquanto esses países reduzem o número de pessoas presas, o Brasil aumenta seu quantitativo em Progressão Geométrica.
De acordo com o Ministério da Justiça a Lei antidrogas (11.343/06) - 348%(2014) - seria uma das maiores responsáveis por esse aumento nas prisões do país.
O projeto Audiência de Custódia, em 2015, que analisa, além da legalidade, a necessidade da continuidade da prisão, juntamente com a decisão do STF, em 2016, de não considerar mais crime hediondo, o tráfico privilegiado, têm contido a evolução geométrica da população carcerária brasileira.
No entanto, outras medidas socioeducativas clamam por sua participação na redução desses números não somente nas prisões, mas de forma preventiva na sociedade extramuros, através de políticas públicas locais a fim de fortalecer os laços familiares por meio do amor, da compreensão, orientação, bem como na educação com ajuda mutua entre a escola e família para o desenvolvimento cognitivo e sócio emocional dos filhos.
Contudo, se no âmbito familiar, os pais fossem geradores de estímulos, (e não de violência/castigo) em sincronia com escola na formação dos filhos, o número de evasões escolares não seriam diretamente proporcional ao quantitativo das prisões.
Por Marcus Aurelio



Um comentário:

  1. Concordo com seu ponto de vista. Essa solução poderia ser eficaz, já que muitos criminosos possuem família desestruturadas.

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